Para as pessoas que convivem diariamente com o diabetes mellitus tipo 1 (DM1), doença auto-imune que destrói as células pancreáticas que produzem insulina, cada dia traz um desafio diferente para achar o equilíbrio entre a quantidade correta e necessária de insulina para evitar aumento importante da glicemia sem correr o risco de ter uma grave hipoglicemia (baixa do açúcar com consequente sintomas de tonturas, suor, palpitações, etc.).
Um recente estudo pode ser um passo importante na tentativa de frear a progressão da doença e, possivelmente, até uma espécie de prevenção do aparecimento do DM1. Trata-se do uso endovenoso do medicamento Teplizumab. Tal medicamento foi usado por 2 semanas em familiares de pacientes diabéticos, os quais possuem um risco de desenvolver diabetes muito maior e que também tinham auto-anticorpos presentes no sangue além de testes anormais de glicose, ou seja, eram pessoas com um risco muito alto de desenvolver diabetes.
No final do estudo, 57% dos pacientes que receberam o medicamento ainda não haviam desenvolvido diabetes contra apenas 28% do grupo placebo. Ainda não se sabe se tais pacientes poderão desenvolver diabetes no futuro, mas tal estudo conseguiu demonstrar um atraso de 2 anos no desenvolvimento do diabetes nos pacientes selecionados e, quando se fala em uma doença crônica, esse tempo pode significar muito.
Fonte: Jennifer Abbasi. Medical News & Perspective. JAMA 2019.