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Diabetes tipo 2 em adolescentes

diabetes tipo 2 em adolescentes

O Diabetes tipo 2, ligado à obesidade e a má alimentação, por muito tempo se configurou como uma doença associada a adultos. Porém, novos casos passam a ganhar destaque nas pesquisas em virtude do aumento dos índices entre os adolescentes.

De acordo com o ADA – American Diabetes Association, organização sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos (que tem como objetivo educar o público sobre o diabetes e ajudar as pessoas afetadas por ele) o diabetes tipo 2 em adolescentes pode causar complicações alarmantes, principalmente no coração, rins, olhos, nervos e na gestação.

O artigo Diabetes tipo 2 em adolescentes publicado no Medscape  cita a pesquisa Longitudinal Outcomes in Youth With Type 2, que foi realizada com jovens diagnosticados com diabetes tipo 2 já no início da adolescência, que acabaram apresentando taxas preocupantes de complicações associadas ao diabetes até cerca dos 25 anos de idade, justo num período em que os jovens deveriam estar no ápice de sua produtividade.

Fizeram parte do estudo mais de 500 adolescentes , sendo que 5 deles morreram, por motivos relacionados ao diabetes, num período de 7,5 anos após o diagnóstico da doença.
As cinco mortes foram por infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência renal, sepse, parada cardíaca pós-operatória e uma overdose.

Dr. Philip S. Zeitler, Ph.D., médico, professor de endocrinologia pediátrica, University of Colorado School of Medicine, afirma que:

“Os fatores de risco cardiovascular são altamente prevalentes nesta população, os danos a órgãos-alvo são evidentes, e eventos cardiovasculares importantes estão ocorrendo em taxas inesperadas para a idade (em torno de 20 anos)”. Com relação ao sexo feminino, foram constatadas muitas complicações em gestações, além de morbidade neonatal. Os números são considerados elevados quando comparados a mesma faixa etária da população geral.

Jovens que manifestaram diabetes tipo 2, apresentam desenvolvimento de complicações e perda de controle glicêmico num curso muito rápido de tempo e isso reforça a necessidade de intervenção médica, sobretudo com administração de medicamentos.

A necessidade de tratamentos mais ágeis evidencia a tendência de um Diabetes mais agressivo e, ao mesmo tempo, a relação com doença cardiovascular. Dr. Philip enfatiza a importância de “não hesitar em um tratamento mais agressivo […] É um fato bastante alarmante para a saúde desses pacientes nos próximos 10 ou 15 anos”, disse ele, “porque não temos um bom tratamento para isso, e não temos muita certeza sobre o que fazer”.

 

Gestação e diabetes

Abortos espontâneos, bebês natimortos e prematuros fazem parte dos desfechos maternos entre as jovens com diabetes tipo 2. Muitas meninas necessitaram ser hospitalizadas em virtude de pré-eclâmpsia e hipertensão gestacional.

15,9% dos bebês apresentaram peso muito baixo e, 18,9% tinham macrossomia (peso igual ou superior a 4.000 g independente da idade gestacional).

Além disso, também apareceram casos de hipoglicemia neonatal, desconforto respiratório e anomalia cardíaca.

Os especialistas que acompanharam a pesquisa realizada reconhecem que o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 de início na juventude, é diferente. Os casos de Diabetes tipo 2 em jovens podem ser associados ao aumento da industrialização, desenvolvimento socioeconômico e estilo de vida, em que o sedentarismo crescente e as mudança nos hábitos alimentares compõem o cenário.

É fundamental o acompanhamento da família no tratamento e também na criação e manutenção de bons hábitos para a saúde, com atividades físicas e, sobretudo, com uma alimentação saudável.

É imprescindível que o paciente compareça às consultas médicas regularmente, nas quais receberá orientações sobre o Diabetes e seu tratamento. Só um especialista saberá indicar de forma correta a melhor maneira de lidar com todas as adversidades da doença e os melhores caminhos a serem seguidos.

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